quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Anjos Voando

Hoje voaste, adejaste bem alto.
Longe da nascente de olhos encobertos,
de quem não vê, mas que sente e cheira,
num degustar sem sentido.

Um rio que percorreu trechos conhecidos,
prevendo correntes intensas e repentinas
resultante de um leito acentuado
em declive, meu Deus, inesperado.

E este voo de água incerta
de paladares doces e salgados e sorrisos ensombrados
onde outrora o seu leme bem aventurado,  
hoje, sem direcção e simultaneamente à deriva.

E eu, somente vou esperando
de coração apertado, aguardando um regresso
velando e ansiando por quem eu amo,
por ti meu amor, que adejaste bem alto.




quinta-feira, 8 de maio de 2014

Saudade






Voltei, não sei se em modo de visita ou permanente. 
Fulcral é ter passado por cá para estourar um oLá!


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Surprise


Ainda não escrevi... até então.
Mas incessantemente pensei!
Pensei, penso e repenso e, é maravilhoso imaginar.
Agora consigo escrever, o que até então apenas meditei.
Sinto todas as transformações diárias, 
umas agradáveis outras, o que direi!?
Mas, no seu todo, adoro experimentar!
Hoje consigo compor, desenhar caracteres 
e ao mesmo tempo sorrir.
Permito-me apalpar, e desfruto do prazer ao ser tocada...
Oiço-te, vejo e descubro as diferenças!
Emanas poder e  provocas abalos.
Não só na minha pessoa, como a terceiros também!

domingo, 27 de outubro de 2013

De onde vim



De onde vim!? Uma questão nunca antes colocada, ou talvez o tenha feito mentalmente, sem conseguir precisar.
Sei que vim de forma desejada. Uma menina! Um desejo de um jovem casal alcançado após quatro anos, aquando vivenciada uma experiência anterior similar, mas num género diferente, o meu irmão.
A minha primeira grande aventura deu-se na maternidade, onde actualmente trabalho, a Maternidade Alfredo da Costa, entre ruas e jardins na cidade de Lisboa. Poucas horas após a minha primeira manifestação e saudação para com os presentes, o meu primeiro choro fora do meu casulo, fui levada, espero eu carinhosamente, pela progenitora e apreciado o contacto com a água potável. Talvez seja esta a explicação para o apreço e sintonia que tenho e mantenho com este líquido, resultante de um contacto prematuro.
Adoro-a, seja ela potável, doce, salgada ou apaladada com cloro.
Talvez ainda este amor possa ser explicado pela presença de um rio que banha a minha cidade natal, o rio Tejo, nas quais as recordações circundam e envolvem-no. As suas águas brilhantes e reflectoras de várias cores aquando o sol incide são promotoras de bem-estar e alegrias e na noite escura, os reflexos são de um encantamento na qual não encontro definição ou palavras para descrever rara beleza. Esta admirável paisagem pode ser prezada nos miradouros de Lisboa, dispersos pelas sete colinas de Lisboa tão apreciados pelos residentes e turistas. São conhecidos os miradouros de S. Pedro de Alcântara, da Graça, o de Santa Luzia entre tantos outros, mas existe um, único e repleto de ternurentas e inesquecíveis lembranças, não sabendo se o poderei designar como miradouro, constituído por duas colunas que penetram dentro de um corpo em movimento e chamativo, separadas por lajes brancas e envelhecidas sendo durante muitos séculos a porta de entrada e saída para lugares longínquos e desconhecidos. Este local especial habita no Terreiro do Paço, sendo o seu nome de batismo Cais das Colunas.
E perguntas, o que tem de especial em relação a tantos outros!? Resposta simples. 
Algumas das minhas tardes de domingo foram passadas no mundo da fantasia, sendo o seu espaço repartido entre campos de futebol com o irmão mais velho, escadas e halls de um palácio real com a irmã mais nova, enquanto os adultos ausentes em pensamentos e divagações ou conversas aborrecidas partilhávamos e dividíamos este perfeito lugar, repleto de uma rara tranquilidade entre energias circundantes.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Palavras prioritárias & Pensamentos presentes

Muita coisa para fazer. Arrumar as compras diárias, cozinhar para facilitar o meu dia-a-dia, refrescar e aquecer-me num banho perfumado após uma noite de labuta. Obrigar-me a comer quando o pânico se mantém resultante de intolerâncias e mais intolerâncias, permanecer sentada quando passa um filme que ansiava ver e o descanso que é uma tentação. Mas, no entanto não posso deixar ou se quer permitir a realização de todas estas actividades, sem deixar em primeiro lugar alguns vocábulos, no sentido de saudar e tratar a minha grandeza de alma.
Preocupada estou, não por algo que deva ser exigido qualquer responsabilidade, mas se eu associar o dever de explicar, outro viverá uma sensação de angústia, medo ou talvez exagerando, ou não, um certo terror poderá aparecer. Deveria ser tal coisa permitida!? Sentimentos aleatórios!? Respiro fundo e um suspiro liberto.
As palavras tornaram-se prioritárias... Os pensamentos mantiveram a sua presença… Um abraço forte é necessário para acreditar que não estou sozinha.