segunda-feira, 29 de julho de 2013

Inocência


Penso em ti e as palavras brotam descontroladas… não pela desorganização, mas pela quantidade de sentimento, se é que se pode medir ou neste caso pesar o que se nutre.
Mas é o que acontece neste e, em muitos momentos. São vocábulos providos de significado em aglomerado número que percorrem caminhos que aparentemente conhecem, talvez por isso a sua rapidez. E é uma sensação tão maravilhosa e agradável, que faz provocar em mim uma alteração comportamental, nascendo um sentimento egoísta na procura e obtenção desta singular sensação na qual unicamente cogito em ti… oh, que sublime!
E, sem qualquer poder associado à ausência de querer, penso em ti e volto a brotar e desabrochar as palavras descontroladamente… amo-te!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sensual Harmonia

Gosto de ver os dedos a dançar, sobre uma pista negra, ouvindo o som de tic-tac similar ao som produzido pelo toque dos sapatos aquando se baila flamenco.
Sublime dança… sensual, misteriosa, intensa, quente ou um pouco mais patriota – caliente; acompanhada pela guitarra clássica, ritmada com palmas e castanholas e ainda a presença do extasiado sapateado.
É assim que me sinto quando escrevo, corpo-alma em concordância… corpo-alma em sensual harmonia.

domingo, 14 de julho de 2013

Essência Desnudada


Como te tiro da minha alma!?...
Esta é a pergunta constante, contínua, diária e persistente, mas sem resposta…
Esta rede, esta teia que se apodera do meu coração, do meu corpo, corrói a minha mente.
Sinto-me presa, acorrentada, mas sem conseguir fugir. Tento todos os caminhos que encontro disponíveis e hipnotizo o meu pensamento para a obtenção de um resultado satisfatório. Já não exijo algo maravilhoso, a satisfação de um novo princípio já o é em si.
Fecho os olhos e desejo ardentemente esquecer. O meu corpo reage, aumentando a temperatura, perante o meu anseio. O sonho apodera-se de mim… sinto a tua pele, vejo os teus olhos, cheiro o teu corpo, e saboreio o teu desejo… Os olhos abrem, o meu corpo estremece e acordo inquieta, tensa e húmida, mais uma vez sem sucesso. Tu estás presente!
As lágrimas brotam dos olhos, como ervas daninhas, grosseiras, resistentes… sinto-me fraca… sinto e não me sinto… quem ocupa o meu corpo!? Não conheço e desconheço a minha alma… onde está ela!?
Sinto-me insegura com o desconhecido. O meu corpo não responde, ou talvez não o faça porque ninguém ou nada o ocupa.
Gostaria que fosses um criminoso, um ladrão. Sentir-me-ia vingada, satisfeita com um castigo… mas, eu sei que não o és. Não te consigo odiar, porque sei que não tens culpa directamente, mas indirectamente tu tens, e tu sabe-lo.
Não te consigo explicar, e como queres que te explique, meu amor, se não tenho alma? Ela foi-te oferecida... Eu entreguei-te, lembras-te? De certeza que te lembras, eu sei que sim, eu quero acreditar que sim. 
Aqueles presentes sem embrulho, distribuídos em diversas ocasiões!? Entreguei quando te beijava, quando te abraçava ou te embalava com palavras de amor, ou ainda quando te agarrava, impedindo que me deixasses sozinha, abandonada, ou até mesmo quando me despia presenteando-te com o meu corpo nu para te manter, nem que fosse para uma satisfação carnal… 
Dava-te um pouco de mim em todos os momentos que vivi e partilhei contigo… era o que tinha de mais precioso – o meu espírito, a minha essência, a minha humilde alma.
O meu corpo era teu desde o primeiro dia que te vi, o meu espírito acabou por sê-lo também…

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Frágil vigília


Deveria estar a dormir, descansar depois de umas horas nocturnas de trabalho e mais algumas de seguida, mas o dia continua e daqui a poucas horas mais uma maratona a percorrer.
Evito as tarefas domésticas e a roupa húmida que me chama com palavras inaudíveis, uma energia que escasseia por entre os dedos numa tentativa de explorar uma outra esfera real, um empenho em manter um estado desperto, mas em humilde opinião, sem sucesso algum…
Como tal resigno-me, abdicando da vigília e aceitando a necessidade do sossegar.
Até breve ou um até já…

domingo, 7 de julho de 2013

Desejo versus Dever

Tudo parece estar bem… tudo tem o seu lugar… tudo tem a sua razão de o ser… então se tudo, se é que se pode aglomerar tudo num recipiente, num local ou propósito, eu também deveria estar.
Mas, felizmente ou infelizmente, ainda não consigo precisar, sendo esta ambiguidade a minha realidade presente. Faz algum sentido ou será o efeito de quem dorme e volta a dormir, ultrapassando horas, minutos e poder-se-á ainda agrupar os segundos, ficando por aqui em relação ao controlo do tempo, acordando apenas pela obrigação de trabalhar.
E, como um fantoche pendurado por finos, mas não frágeis fios, sou encaminhada para uma banheira despertando perante o contacto da água morna e aí, sim, consigo libertar-me das amarras.
Permito que os dedos percorram o vestido negro com pequenas estrelas desenhadas que compõem o teclado do computador, e vou libertando a imaginação ao som monocórdico de um ar condicionando que arrefece o espaço, um corpo e, quem sabe ainda, uma alma…
E, tudo isto, e muito mais, apenas para partilhar que deveria estar bem, que deveria sentir-me bem, mas que no referido momento apenas gostaria de estar na praia a preparar-me para penetrar em águas salgadas, banhando a minha pele com raios solares e revigorando o meu todo, em vez de estar a preparar para penetrar em edifícios cinzentos camuflados de cor e banhando-me em luz artificial, consumindo o meu todo…
Por isso, como poderei dizer que estou bem!? 
O meu desejo e vontade cedem espaço e prioridade à razão e ao dever e a objectividade toma poder, provavelmente por resignação ou pelo efeito de calmaria de água sanitária morna, intensificado pelo ar fresco onde coabito e expulso a minha franqueza… e, como exposto no desabafo inicial deste teor, tudo tem uma razão de o ser. 
Sou precisa para escutar, tratar e cuidar de terceiros que se encontram em convalescença. Como tal, só me basta desejar bons banhos salpicados de sal para todos!!

sábado, 6 de julho de 2013

Recebida com Prazer

Tensão sentida nos ombros, pressão de quem escreve no estado de virgindade... a minha primeira vez! Espero oferecer e ser recebida com prazer...