Como
te tiro da minha alma!?...
Esta é
a pergunta constante, contínua, diária e persistente, mas sem resposta…
Esta
rede, esta teia que se apodera do meu coração, do meu corpo, corrói a minha
mente.
Sinto-me
presa, acorrentada, mas sem conseguir fugir. Tento todos os caminhos que
encontro disponíveis e hipnotizo o meu pensamento para a obtenção de um
resultado satisfatório. Já não exijo algo maravilhoso, a satisfação de um novo
princípio já o é em si.
Fecho os olhos e desejo ardentemente esquecer.
O meu corpo reage, aumentando a temperatura, perante o meu anseio. O sonho
apodera-se de mim… sinto a tua pele, vejo os teus olhos, cheiro o teu corpo, e
saboreio o teu desejo… Os olhos abrem, o meu corpo estremece e acordo inquieta,
tensa e húmida, mais uma vez sem sucesso. Tu estás presente!
As
lágrimas brotam dos olhos, como ervas daninhas, grosseiras, resistentes…
sinto-me fraca… sinto e não me sinto… quem ocupa o meu corpo!? Não conheço e
desconheço a minha alma… onde está ela!?
Sinto-me
insegura com o desconhecido. O meu corpo não responde, ou talvez não o faça
porque ninguém ou nada o ocupa.
Gostaria que fosses um criminoso, um ladrão.
Sentir-me-ia vingada, satisfeita com um castigo… mas, eu sei que não o
és. Não te consigo odiar, porque sei que não tens culpa directamente, mas
indirectamente tu tens, e tu sabe-lo.
Não te
consigo explicar, e como queres que te explique, meu amor, se não tenho alma?
Ela foi-te oferecida... Eu entreguei-te, lembras-te? De certeza que te lembras,
eu sei que sim, eu quero acreditar que sim.
Aqueles presentes sem embrulho, distribuídos em diversas ocasiões!? Entreguei quando te beijava, quando te abraçava ou te embalava com palavras de amor, ou ainda quando te agarrava, impedindo que me deixasses sozinha, abandonada, ou até mesmo quando me despia presenteando-te com o meu corpo nu para te manter, nem que fosse para uma satisfação carnal…
Dava-te um pouco de mim em todos os momentos que vivi e partilhei contigo… era o que tinha de mais precioso – o meu espírito, a minha essência, a minha humilde alma.
Aqueles presentes sem embrulho, distribuídos em diversas ocasiões!? Entreguei quando te beijava, quando te abraçava ou te embalava com palavras de amor, ou ainda quando te agarrava, impedindo que me deixasses sozinha, abandonada, ou até mesmo quando me despia presenteando-te com o meu corpo nu para te manter, nem que fosse para uma satisfação carnal…
Dava-te um pouco de mim em todos os momentos que vivi e partilhei contigo… era o que tinha de mais precioso – o meu espírito, a minha essência, a minha humilde alma.
O meu
corpo era teu desde o primeiro dia que te vi, o meu espírito acabou por sê-lo
também…
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