sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Surprise


Ainda não escrevi... até então.
Mas incessantemente pensei!
Pensei, penso e repenso e, é maravilhoso imaginar.
Agora consigo escrever, o que até então apenas meditei.
Sinto todas as transformações diárias, 
umas agradáveis outras, o que direi!?
Mas, no seu todo, adoro experimentar!
Hoje consigo compor, desenhar caracteres 
e ao mesmo tempo sorrir.
Permito-me apalpar, e desfruto do prazer ao ser tocada...
Oiço-te, vejo e descubro as diferenças!
Emanas poder e  provocas abalos.
Não só na minha pessoa, como a terceiros também!

domingo, 27 de outubro de 2013

De onde vim



De onde vim!? Uma questão nunca antes colocada, ou talvez o tenha feito mentalmente, sem conseguir precisar.
Sei que vim de forma desejada. Uma menina! Um desejo de um jovem casal alcançado após quatro anos, aquando vivenciada uma experiência anterior similar, mas num género diferente, o meu irmão.
A minha primeira grande aventura deu-se na maternidade, onde actualmente trabalho, a Maternidade Alfredo da Costa, entre ruas e jardins na cidade de Lisboa. Poucas horas após a minha primeira manifestação e saudação para com os presentes, o meu primeiro choro fora do meu casulo, fui levada, espero eu carinhosamente, pela progenitora e apreciado o contacto com a água potável. Talvez seja esta a explicação para o apreço e sintonia que tenho e mantenho com este líquido, resultante de um contacto prematuro.
Adoro-a, seja ela potável, doce, salgada ou apaladada com cloro.
Talvez ainda este amor possa ser explicado pela presença de um rio que banha a minha cidade natal, o rio Tejo, nas quais as recordações circundam e envolvem-no. As suas águas brilhantes e reflectoras de várias cores aquando o sol incide são promotoras de bem-estar e alegrias e na noite escura, os reflexos são de um encantamento na qual não encontro definição ou palavras para descrever rara beleza. Esta admirável paisagem pode ser prezada nos miradouros de Lisboa, dispersos pelas sete colinas de Lisboa tão apreciados pelos residentes e turistas. São conhecidos os miradouros de S. Pedro de Alcântara, da Graça, o de Santa Luzia entre tantos outros, mas existe um, único e repleto de ternurentas e inesquecíveis lembranças, não sabendo se o poderei designar como miradouro, constituído por duas colunas que penetram dentro de um corpo em movimento e chamativo, separadas por lajes brancas e envelhecidas sendo durante muitos séculos a porta de entrada e saída para lugares longínquos e desconhecidos. Este local especial habita no Terreiro do Paço, sendo o seu nome de batismo Cais das Colunas.
E perguntas, o que tem de especial em relação a tantos outros!? Resposta simples. 
Algumas das minhas tardes de domingo foram passadas no mundo da fantasia, sendo o seu espaço repartido entre campos de futebol com o irmão mais velho, escadas e halls de um palácio real com a irmã mais nova, enquanto os adultos ausentes em pensamentos e divagações ou conversas aborrecidas partilhávamos e dividíamos este perfeito lugar, repleto de uma rara tranquilidade entre energias circundantes.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Palavras prioritárias & Pensamentos presentes

Muita coisa para fazer. Arrumar as compras diárias, cozinhar para facilitar o meu dia-a-dia, refrescar e aquecer-me num banho perfumado após uma noite de labuta. Obrigar-me a comer quando o pânico se mantém resultante de intolerâncias e mais intolerâncias, permanecer sentada quando passa um filme que ansiava ver e o descanso que é uma tentação. Mas, no entanto não posso deixar ou se quer permitir a realização de todas estas actividades, sem deixar em primeiro lugar alguns vocábulos, no sentido de saudar e tratar a minha grandeza de alma.
Preocupada estou, não por algo que deva ser exigido qualquer responsabilidade, mas se eu associar o dever de explicar, outro viverá uma sensação de angústia, medo ou talvez exagerando, ou não, um certo terror poderá aparecer. Deveria ser tal coisa permitida!? Sentimentos aleatórios!? Respiro fundo e um suspiro liberto.
As palavras tornaram-se prioritárias... Os pensamentos mantiveram a sua presença… Um abraço forte é necessário para acreditar que não estou sozinha.


domingo, 29 de setembro de 2013

Clarice Lispector

Mas há a vida 
Mas há a vida 
que é para ser 
intensamente vivida, 
há o amor. 
Que tem que ser vivido 
até a última gota. 
Sem nenhum medo. 
Não mata. 




domingo, 15 de setembro de 2013

Aprendiz

Se conseguisse escrever o que me vai na alma, seria uma poetisa. Embelezaria a minha pessoa, os meus ideais e a estrada que percorro diariamente.
Descreveria o sabor de uma feliz gargalhada, o cheiro das lágrimas e acariciaria as estrelas da Via-Láctea; ouviria o respirar aquando passeio pelo jardim do abismo e terminaria por ver o maravilhoso sétimo céu.
Mas, na realidade sou uma mera aprendiza inserida nesta vida mortal, onde tento e erro, aprendo e experimento, interiorizando que me encontro a navegar em pleno alto mar.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Uma Verdade Verdadeira

Em 1853, o jornal The Times publicava:
"Nada é mais difícil de definir do que a linha de demarcação entre a sanidade e a insanidade(...) Façam a definição demasiado restrita, e ela deixa de fazer sentido; façam-na demasiado ampla, e toda a raça humana fica presa na rede de arrasto.
Em rigor, somos todos loucos quando cedemos à paixão, ao preconceito, ao vício, à vaidade; mas se todas as pessoas apaixonadas, preconceituosas e vaidosas fossem enclausuradas como loucas, quem ficaria a guardar a chave do manicómio?".
Maravilhoso, não acham? Fiquei deliciada...

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Crepúsculo Matutino


Conservar-me imóvel,
este é o apelo.
A natureza dorme
e brevemente o amanhecer.
Desconheço o seu raiar,
apenas anuncia-se um despertar festivo.
São sorrisos, olhares ensonados,
chamamentos saudativos de uma estrada real.
Oiço os meus passos enferrujados,
aquando encurto o distanciamento,
num corpo de chumbo esfalfado;
olhos semicerrados
ofuscados por um brilho artificial.
Tão difícil é retribuir
a quem educadamente me saúda,
não por incivilidade
ou qualquer tipo de descortesia.
Apenas um franco cansaço...
Assim, ser cortês uma demanda
a quem eu considero digno
de honras e ternura,
respeito e auxílio,
oferecendo singelas mesuras,
ou tratamentos pungentes,
mas futuramente reconfortantes,
a quem decumbente se encontra
num crepúsculo matutino num leito hospitalar.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Pensamos tanto e Sentimos tão pouco

Acordo, e o cérebro começa a trabalhar ou talvez adormeça e o cérebro continua a labutar.
Penso, repenso, volto a pensar e a repensar novamente... 
Objectos, imagens ou acontecimentos são visualizados de diferentes vértices.
Todas estas meditações consomem uma frágil energia…
Tudo o que é visto é sentido, mas não consigo afirmar se o que sinto é sobre o que penso...
Confuso!?
Talvez, mas é assim que me sinto hoje! 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Inocência


Penso em ti e as palavras brotam descontroladas… não pela desorganização, mas pela quantidade de sentimento, se é que se pode medir ou neste caso pesar o que se nutre.
Mas é o que acontece neste e, em muitos momentos. São vocábulos providos de significado em aglomerado número que percorrem caminhos que aparentemente conhecem, talvez por isso a sua rapidez. E é uma sensação tão maravilhosa e agradável, que faz provocar em mim uma alteração comportamental, nascendo um sentimento egoísta na procura e obtenção desta singular sensação na qual unicamente cogito em ti… oh, que sublime!
E, sem qualquer poder associado à ausência de querer, penso em ti e volto a brotar e desabrochar as palavras descontroladamente… amo-te!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sensual Harmonia

Gosto de ver os dedos a dançar, sobre uma pista negra, ouvindo o som de tic-tac similar ao som produzido pelo toque dos sapatos aquando se baila flamenco.
Sublime dança… sensual, misteriosa, intensa, quente ou um pouco mais patriota – caliente; acompanhada pela guitarra clássica, ritmada com palmas e castanholas e ainda a presença do extasiado sapateado.
É assim que me sinto quando escrevo, corpo-alma em concordância… corpo-alma em sensual harmonia.

domingo, 14 de julho de 2013

Essência Desnudada


Como te tiro da minha alma!?...
Esta é a pergunta constante, contínua, diária e persistente, mas sem resposta…
Esta rede, esta teia que se apodera do meu coração, do meu corpo, corrói a minha mente.
Sinto-me presa, acorrentada, mas sem conseguir fugir. Tento todos os caminhos que encontro disponíveis e hipnotizo o meu pensamento para a obtenção de um resultado satisfatório. Já não exijo algo maravilhoso, a satisfação de um novo princípio já o é em si.
Fecho os olhos e desejo ardentemente esquecer. O meu corpo reage, aumentando a temperatura, perante o meu anseio. O sonho apodera-se de mim… sinto a tua pele, vejo os teus olhos, cheiro o teu corpo, e saboreio o teu desejo… Os olhos abrem, o meu corpo estremece e acordo inquieta, tensa e húmida, mais uma vez sem sucesso. Tu estás presente!
As lágrimas brotam dos olhos, como ervas daninhas, grosseiras, resistentes… sinto-me fraca… sinto e não me sinto… quem ocupa o meu corpo!? Não conheço e desconheço a minha alma… onde está ela!?
Sinto-me insegura com o desconhecido. O meu corpo não responde, ou talvez não o faça porque ninguém ou nada o ocupa.
Gostaria que fosses um criminoso, um ladrão. Sentir-me-ia vingada, satisfeita com um castigo… mas, eu sei que não o és. Não te consigo odiar, porque sei que não tens culpa directamente, mas indirectamente tu tens, e tu sabe-lo.
Não te consigo explicar, e como queres que te explique, meu amor, se não tenho alma? Ela foi-te oferecida... Eu entreguei-te, lembras-te? De certeza que te lembras, eu sei que sim, eu quero acreditar que sim. 
Aqueles presentes sem embrulho, distribuídos em diversas ocasiões!? Entreguei quando te beijava, quando te abraçava ou te embalava com palavras de amor, ou ainda quando te agarrava, impedindo que me deixasses sozinha, abandonada, ou até mesmo quando me despia presenteando-te com o meu corpo nu para te manter, nem que fosse para uma satisfação carnal… 
Dava-te um pouco de mim em todos os momentos que vivi e partilhei contigo… era o que tinha de mais precioso – o meu espírito, a minha essência, a minha humilde alma.
O meu corpo era teu desde o primeiro dia que te vi, o meu espírito acabou por sê-lo também…

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Frágil vigília


Deveria estar a dormir, descansar depois de umas horas nocturnas de trabalho e mais algumas de seguida, mas o dia continua e daqui a poucas horas mais uma maratona a percorrer.
Evito as tarefas domésticas e a roupa húmida que me chama com palavras inaudíveis, uma energia que escasseia por entre os dedos numa tentativa de explorar uma outra esfera real, um empenho em manter um estado desperto, mas em humilde opinião, sem sucesso algum…
Como tal resigno-me, abdicando da vigília e aceitando a necessidade do sossegar.
Até breve ou um até já…

domingo, 7 de julho de 2013

Desejo versus Dever

Tudo parece estar bem… tudo tem o seu lugar… tudo tem a sua razão de o ser… então se tudo, se é que se pode aglomerar tudo num recipiente, num local ou propósito, eu também deveria estar.
Mas, felizmente ou infelizmente, ainda não consigo precisar, sendo esta ambiguidade a minha realidade presente. Faz algum sentido ou será o efeito de quem dorme e volta a dormir, ultrapassando horas, minutos e poder-se-á ainda agrupar os segundos, ficando por aqui em relação ao controlo do tempo, acordando apenas pela obrigação de trabalhar.
E, como um fantoche pendurado por finos, mas não frágeis fios, sou encaminhada para uma banheira despertando perante o contacto da água morna e aí, sim, consigo libertar-me das amarras.
Permito que os dedos percorram o vestido negro com pequenas estrelas desenhadas que compõem o teclado do computador, e vou libertando a imaginação ao som monocórdico de um ar condicionando que arrefece o espaço, um corpo e, quem sabe ainda, uma alma…
E, tudo isto, e muito mais, apenas para partilhar que deveria estar bem, que deveria sentir-me bem, mas que no referido momento apenas gostaria de estar na praia a preparar-me para penetrar em águas salgadas, banhando a minha pele com raios solares e revigorando o meu todo, em vez de estar a preparar para penetrar em edifícios cinzentos camuflados de cor e banhando-me em luz artificial, consumindo o meu todo…
Por isso, como poderei dizer que estou bem!? 
O meu desejo e vontade cedem espaço e prioridade à razão e ao dever e a objectividade toma poder, provavelmente por resignação ou pelo efeito de calmaria de água sanitária morna, intensificado pelo ar fresco onde coabito e expulso a minha franqueza… e, como exposto no desabafo inicial deste teor, tudo tem uma razão de o ser. 
Sou precisa para escutar, tratar e cuidar de terceiros que se encontram em convalescença. Como tal, só me basta desejar bons banhos salpicados de sal para todos!!

sábado, 6 de julho de 2013

Recebida com Prazer

Tensão sentida nos ombros, pressão de quem escreve no estado de virgindade... a minha primeira vez! Espero oferecer e ser recebida com prazer...